REFLETINDO SOBRE PRÁTICAS MISSIONÁRIAS EM ANGOLA

EM BUSCA DE UM MODELO MISSIONAL CONTEXTUALIZADO

Resumo

O presente artigo procura refletir sobre a prática missionária das igrejas da Convenção Batista de Angola, a fim de dar respostas contextualizadas às situações vividas neste país. Considerando o ambiente cultural angolano marcado pela vulnerabilidade social, divisões e medo, o ensino da Igreja Missional vem apontar para a necessidade das igrejas locais viverem como comunidades alternativas e contraculturais, em oposição aos valores incompatíveis com o Reino de Deus que ainda imperam na sociedade. O conceito da Igreja Missional ainda é algo novo para a maioria das Igrejas da Convenção Baptista de Angola. Quando esta denominação foi criada, as potências europeias estavam se movendo em direção ao Sul Global com o intuito de colonizar, civilizar e cristianizar. Ao longo deste tempo, a igreja ajustou-se ao paradigma iluminista e tem vindo a reproduzir tal modelo com destaque no expansionismo conversionista. Tais modelos não respondem mais às demandas
atuais do país. Como consequência, a igreja continua a responder perguntas que já não estão sendo feitas. Por essa razão a igreja precisa compreender a importância de ser missional, rever o seu papel dentro da Missio Dei para que sua mensagem seja relevante para o povo angolano sem comprometer a fidelidade às Escrituras.