IMPLICAÇÕES PROPOSITIVAS DA VOCAÇÃO MISSIONÁRIA NO “MANIFESTO DE NAZARÉ” EM LUCAS 4.18,19

Resumo

Todo crente tem um chamado: seguir a missão de Deus cumprida plenamente por Jesus de Nazaré. Neste ensaio o autor procurou desenvolver um olhar mais atento no conhecido “Manifesto de Nazaré” que Lucas registra em seu Evangelho (4.18,19) como modelo da essência e alcance da vocação cristã como igreja missionária. A perspectiva apresentada é a de que o crente tem um alvo intencional em sua missão, a saber quatro grupos: “pobres, cativos, cegos e oprimidos” e a estes precisa-se anunciar o “ano aceitável do Senhor”, a saber o “Ano do Jubileu” extraído de Levítico 25. Jesus no início de seu ministério, na peculiaridade do olhar de Lucas com base na Galileia, concentra sua visão de chamado missional em sua proclamação de que o tempo do Jubileu já era chegado, e as marcas desse tempo seriam a “liberdade e o amor”. Quando se pensa em vocação, enxerga-se também esses elementos de anúncio desse tempo de equilíbrio entre pendências com o passado e perdão no presente, uma vez que no Jubileu as dívidas eram perdoadas, as terras devolvidas aos seus antigos donos e os escravizados eram libertados. O autor entende vocação como algo que vem de Deus e alcança corações, isso quando realidades das Escrituras como Isaias 61.1-3 se tornam realidade em Jesus, em Lucas 4.18,19.